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Olá viajantes!
Tudo bom?
Quando o assunto é intercâmbio para aperfeiçoamento da língua inglesa a primeira pergunta é: Qual o destino escolher!? Entre os mais populares, no topo da lista sempre estão a Terra do Tio Sam e a Terra da Rainha.Entre os argumentos de quem prefere Inglaterra temos berço da língua inglesa, localização no centro da Europa….Já para os EUA, temos entretenimento, compras.
E como essa dúvida está sempre presente especificamente quando falamos de High School (Colegial no Exterior), para ajudar nessa árdua escolha, convidei a Giovana (ou, para os amigos Gika!) uma cliente muito querida do STB Recife que tomou uma decisão bem inteligente quando definiu seus planos de High School. ao invés de fazer 1 ano acadêmico em um só país, ela optou por ter uma vivência em ambos e, assim, fazer um semestre nos EUA e depois um semestre na Inglaterra. Perfeito né?
Por isso, ninguém melhor do que ela para falar sobre as diferenças entre os programas de High School que ela vivenciou nestes dois países, então, como a palavra, Gika:
“Nesse post vou falar do que conheci dos Estados Unidos e da Inglaterra como intercambista, e não como turista. Tem uma diferença enorme entre morar em um lugar, e apenas visitá-lo. Como morei em dormitório nos EUA e em casa de família na Inglaterra, resultou em uma diferença ainda maior no que eu pude conhecer dos dois lugares. Já que, na Flórida eu vivia sob regras do colégio no quesito de ter liberdade para sair e viajar, ao contrário de Oxford.
Cada lugar tem seus prós e contras. Quando levados em consideração, então, podemos ver quais os prós que disfarçam os contras, de acordo com nossas preferências. Sempre achei que os Estados Unidos fazia mais meu estilo; devido ao clima, Disney, compras e afins, mas soube que estava errada quando coloquei os pés no continente Europeu pela primeira vez, em 2009. Havia algo lá que combinava muito mais comigo, e até então, eu não sabia dizer muito bem o que.
1. Cultura
Coral Springs(Flórida) pude perceber que se trata de uma cidade não muito histórica, nada de museus, prédios antigos ou coisa do tipo. Pelo contrário, é tudo bastante novo, casas bem conservadas com terraços verdes e seus jardins bem cuidados, e crianças constantemente apareciam brincando em frente as suas casas. Diferentemente desse estilo de vida e cidade, Oxford me fez parecer como se eu estivesse num livro de história. Museus com entradas gratuitas, parques, estudantes andando pela cidade com suas bicicletas geram uma grande influência, para quem visita ou mora na cidade, em seguir esse estilo de vida. O que me impressionou bastante é que o público do museu vai de excursões de escolas à pessoas mais velhas. As faculdades, que mais me pareceram castelos, são antigas, porém muito bem conservadas e a grande maioria abre suas portas nos Open days (um dia aberto para visitantes conhecerem o campus). Sem contar que, assim como os museus, a entrada é gratuita (no máximo, pedem para você fazer uma doação de qualquer quantia), o que estimula e ajuda os jovens adultos a escolherem ou almejarem entrar em certa
faculdade. E isso é uma coisa que eu admiro bastante na Inglaterra. Os jovens são muito motivados a buscarem aprender mais do lugar de onde vivem, podendo ir a museus e ver de perto, por exemplo, uma certa obra de arte que estão estudando no colégio. Como diria minha mãe, torna tudo bem mais “real”.
2. “Só mais 5 minutinhos!” – Clima
Não poderia deixar de mencionar a diferença entre o clima dos dois lugares. É do ser humano nunca estar satisfeito, se tem praia, quer neve; se tem inverno, quer verão. Minha temporada na Inglaterra começou no início do outono (minha estação preferida) e pegou um pouquinho do inverno, então o tempo estava relativamente frio. Para quem veio de um lugar com temperaturas médias
de 30 graus, pegar 10 graus –ou menos, queria enfatizar isso- pela manhã e ter que ir andando pro colégio não era nada emocionante, ao menos era o que eu achava até voltar pro Brasil. Afinal, quem já morou em lugar frio, sabe o que é lutar por 5 minutinhos a mais debaixo das cobertas antes de se levantar para ir ao colégio. Por causa do tempo frio e imprevisível, era
raro ver crianças brincando nas ruas de Oxford, ao contrário dos EUA, já que eu fui no verão ensolarado da Flórida. No quesito tempo, não tem como negar que os Estados Unidos me ganhou com seus dias quentes e, nos finais de semana, acompanhados de praia.
3. Cinema X Teatro
Os EUA é mundialmente conhecido pela sua produção de filmes, já a Inglaterra, assim como boa parte da Europa, é conhecida pelas suas peças teatrais (não que os EUA também não seja). Mas diferentemente da Inglaterra, onde assisti à peças; entre
elas Once e Mamma Mia, na Flórida costumava ir assistir filmes com meus amigos. Senti a diferença, pois nos EUA a programação certa do final de semana era a ida ao cinema, e mesmo tendo frequentado algumas vezes em Oxford também, percebi que ir ao teatro fazia mais o estilo dos britânicos.
4. “Só vou provar, afinal, não sei quando vou ter a oportunidade de comer isso de novo” – Comida
Uma coisa inadimissível na Inglaterra é estragar comida, coisa que todo intercambista devia saber antes de ir pra lá: coloque no prato apenas aquilo que realmente vai comer. Já na Flórida, é tudo bastante farto. É normal pedir um prato individual no restaurante e conseguir dividir com uma pessoa ou até mesmo duas. Sem falar nas redes de Fast Food dos EUA, onde se tem mil e uma opções para comer hot-dog, hambúrguer com batata frita e tomar milkshake. Na Inglaterra, o típico Fast Food é o prato queridinho dos britânicos: Fish & Chips, que se trata de um peixe empanado acompanhado de batata frita. No geral acho a comida dos Estados Unidos mais saborosa, porém mais gordurosa.
5. “Quem converte não se diverte” – Consumismo
Frase bastante conhecida pelos intercambistas, afinal, quem é que nunca deixou de converter, seja por esquecimento ou por falta de vontade de encarar a realidade? Sem dúvida, na Flórida as pessoas me pareceram bem mais consumistas, seja pelos shoppings/outlets com muitos “leve 3, pague 2″ como pelas mais variadas opções. Na Inglaterra, os shoppings centers se encontram em “cidades grandes”, já nas pequenas é mais comum se ter algumas galerias, que muitas vezes são consideradas shoppings pelos nativos, e lojas espalhadas pelas ruas. Sem falar que, para nós brasileiros, na maioria das vezes não vale a pena pagar por certos produtos devido ao valor da libra. Então no quesito consumismo, segura o cartão se seu destino for EUA!
6. Pessoas
O colégio em que estudei na Flórida era muito grande, e talvez seja por isso que tinha tantos “grupinhos”, o que de certo modo me permitia ver tudo de longe: as fofocas, a falsidade e afins. Muitas vezes, os americanos me pareceram infantis em alguns aspectos, portanto, me juntei a 3 brasileiras e algumas intercâmbistas do meu dormitório e fiz o meu grupo, que tinha lá suas fofocas e confusões, mas sempre foi muito unido, tanto que mantenho contato com a maioria até hoje. Já na Inglaterra, estudei em colégio com alunos internacionais, sem nenhum britânico pra contar história. Conheci alguns no meio da rua, entre uma festa e uma Mc Donalds pós festa, ou entre uma parada de ônibus e uma informação de quem estava perdidinha. E quero saber: quem foique disse que os britânicos são chatos? Talvez mais reservados, mas acho errado eles terem essa fama por aí. Bart, meu host father, era britânico e muito envergonhado, mas bastante atencioso, sempre puxava uma conversa na hora do jantar. Amy, minha host grandmother e também britânica, falava pelos cotovelos! Ambos me deixaram uma boa impressão sobre os britânicos, sem falar de alguns dos meus professores.
7. Transporte público
Na Flórida, como já disse antes, morei em dormitório, o que me impedia de simplesmente sair e pegar um ônibus/metrô/trem. Ia para o colégio naqueles ônibus amarelos (bem filme), e se precisasse sair para algum lugar, a minha Dorm Parent me
levava no carro do dormitório. Já na Inglaterra, eu ia para o colégio a pé, pegava ônibus para ir para o City Centre, metrô ou ônibus para viajar e também tinha a opção de pegar um trem. Perdi as contas de quantas vezes perdi um ônibus, ou peguei o errado, até mesmo quantas vezes me distrai e tive que sair na parada seguinte. Acredito que foi importante ter um pouco da minha liberdade “perdida” nos EUA para dar valor a pequenas coisas, como pegar um ônibus, na Inglaterra. Sem falar que é uma realidade bem diferente da minha vida em Recife, o que acredito ser um dos principais fatores que me fazem achar essa experiência tão cativante e renovadora. A liberdade, a segurança e a praticidade de poder usar um transporte público sem ter medo de que aconteça alguma coisa.
Para finalizar, as duas experiências foram incríveis. Uma sem a outra não faria tanto sentido, e não me faria ter crescido tanto interiormente. Morar nos EUA foi ao mesmo tempo intrigante e esclarecedor. Intrigante por viver sob muitas regras do colégio, que me tiravam do sério as vezes, por eu ter me iludido em relação a várias amizades que julguei serem verdadeiras, por ter
vivenciado fofoquinhas que eu só via em filmes de high school americano e tudo mais. Esclarecedor porque esses limites que me foram impostos me fizeram crescer muito mais do que em qualquer outro intercâmbio. Por isso repito que não seria a mesma coisa na Inglaterra se eu ainda não tivesse aprendido tudo que aprendi nos EUA. Morar na Inglaterra foi uma aventura e confirmação. Confirmação de tudo que aprendi na Flórida em relação aos amigos, família, colégio e sobre a vida no geral. E aventura por tudo novo que aprendi me virando sozinha pela cidade, ou em viagens com amigos, conversas com minha host family (que foi uma aventura só pelo fato de ter vivido lá. Quem diria que meus pais deixariam eu morar em outra casa, com outra família. E que eu seria tão bem recebida, a ponto de me sentir parte da família). Então, seja lá qual for o seu destino, faça seu intercâmbio valer a pena: se perca, viaje, faça amigos, cresça e viva cada segundo como se fosse o último. Giovana Brito”
E aí gostaram? Eu adorei! Nas minhas andanças como intercambista, fiz dois intercâmbios na Inglaterra e dois intercâmbios nos EUA e gosto muito dos dois países(no entanto confesso que assim como Gika tenho uma “quedinha” pela Inglaterra) porém, isso definitivamente não é uma regra, sempre terão pessoas que preferem os EUA e outras que realmente vão preferir a Inglaterra. O bom mesmo é que indepedente do destino, uma certeza: você sempre volta diferente e melhor de cada viagem! Aproveitando, para acompanhar as andanças da Gika muito afora, recomendo demais também acompanhar o blog dela: www.blogthenextstop.wordpress.com
Bjs e até a próxima viagem!
Marina.
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