define('DISABLE_WP_CRON', true); Uma brasileira em Malta: Impressões e devaneios…. | Blog do intercambio - Intercâmbio de A a Z por Marina Motta

Uma brasileira em Malta: Impressões e devaneios….

09 de agosto de 2013 | Postado por Marina em Intercâmbio de A a Z

Olá viajantes! tudo bom?!

Depois que escrevi o post sobre a minha visita a Malta recebi vários emails de pessoas pedindo mais informações sobre este destino, então aqui vai mais um post sobre MALTA desta vez, na verdade um depoimento de uma cliente que passou mais tempo por lá para falar um pouco de suas impressões…

Atendi Taynara na loja do STB Recife no ano passado e de cara gostei muito dela. Ela queria muito viver a experiência do Intercâmbio, estava desejando mudança e queria ter uma vivência única, especial e que fugisse do lugar comum. Eis que chegamos ao destino: MALTA! Depois de três meses na ilha ela seguiu para o seu segundo intercâmbio, 3 meses na Espanha, não satisfeita, partiu para seu terceiro e último destino (pelo menos por enquanto), 3 meses na Irlanda perfazendo assim quase 1 ano na Europa. (Ow, delícia!) Aqui ela conta sua relação de amor com a ilha de Malta!

“A coisa mais difícil depois de deixar Malta é ter coragem pra escrever sobre Malta.

Explico: Quando uma coisa é muito ruim a gente prefere não relembrar pra não se sentir mal, mas quando uma coisa incomensuravelmente boa acontece e depois torna-se a nós inacessível é também muito ruim também.Diferentemente de algo ruim traz nostalgia, SAUDADE. Parece que um dos meus melhores pedaços da minha vida ficou lá.

Três meses nessa ilha única foi o necessário pra deixar estes sentimentos. A cor amarelada de todas as construções novas e antigas que nem  da areia e das rochas destoava; apenas abria a exceção para as lindas portas antigas pintadas de toda cor, o azul do mar, o verde da vegetação e  muitas flores amarelas selvagens e jardins coloridos bem cultivados nas praças e nas varandas das casas antigas.

Onde não há história e beleza juntas, há ao menos uma das duas em qualquer lugar desta ilha.Quando isso tudo ainda não vem acompanhado de uma maravilhosa culinária, que assim como a atmosfera cultural e o povo maltês, é uma mistura deliciosa dos àrabes, italianos, ingleses e malteses. Estes ao mesmo tempo indignados e apaixonados por sua terra, seus costumes, suas línguas ( são duas oficiais: o maltês e o inglês), seus sistemas públicos, seus onipresentes colegas turistas.

E como há turistas! Em toda parte se ouve todo tipo de língua, todo tipo de sotaque. Turistas de todas as partes, especialmente das partes mais geladas e mais distantes do mar do planeta, por isso brasileiros por lá eram raros, com exceção dos amantes das praias que nem quando vão a outro continente, outro país, falar outra língua, não querem estar afastados do mar.

Mar mediterrâneo, azul, refrescante, salgado. Mar que dá o peixe que se vende fresco ou se come em Marsaxlokk, em restaurantes perto da feira a beira mar que vende de roupas e sapatos a doces, salgados e souvenirs típicos de Malta. Mas lugar pra comprar souvenir é o que não falta, já que a ilha é cheia de cultura, historia, beleza e diversão são cartões postais das cidades fortificadas antiquíssimas, como Mdina, dos palácios e igrejas igualmente antigas, miniaturas de barcos de pesca coloridos, mini cavaleiros da ordem de São João, a típica cruz maltesa e as camisas e postais em que  lê-se “I was in Malta, bitch” para aqueles que foram mais pela farra: festas no barco em pleno mar mediterrâneo, com musica, muita gente e muito vinho maltês; festas na famosa Paceville, uma área movimentadíssima e cheia de boates em que se entra por conta da casa e só o consumo é cobrado. Mas cuidado, as bebidas não são caras como no resto da Europa, e gente “alegre demais” é o que não falta por paceville.

Gente jovem, bonita, diversificada e acima de tudo bronzeada. Depois de um tempo a gente até já sabe dizer quem tinha acabado de chegar em Malta e quem já estava por lá há algum tempo: se não estiver queimado de sol é porque chegou ontem! Mas quem não chegou ontem foram os gatos selvagens, que se alimentam das rações deixadas nos pés das portas por toda a cidade: os gatos não são de ninguém e são de todos os malteses, vivem pelas ruas, mas são gatos gordos, por sempre terem muita ração nas soleiras das portas coloridas e majestosas.

Ah, como eu queria ser um desses gatos! Habitantes por direito e carisma dessa ilha maravilhosa, indo e vindo quando queriam, valendo-se da boa vontade do povo maltes,comendo bem, participando de conversas multiculturais. E foi bem assim que passei meus três meses em Malta, como um gato livre e bem alimentado,andando pra todo lado quase de graça, ganhando elogios, reclamações, esbanjando tudo que tinha dentro de mim. Malta é beleza e liberdade. Malta é ter tudo, apertado num pequeno lugar, te fazendo assim sentir-se esplendido o tempo inteiro, onde quer que você vá. Eu ainda volto lá um dia pra espiar esse pedacinho meu que deixei lá”

( Taynara de Barros estudou por 12 semanas na escola EC de Malta)

 

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